Obrigado, Reginaldo Veloso!
Crédito da foto - Josiane Holz

Obrigado, Reginaldo Veloso!

Adenor Leonardo Terra

“Agora, Senhor, podes deixar partir em paz teu servidor” (Lc 2,29).

Nesta semana, a Igreja despede-se do grande poeta e compositor Reginaldo Veloso, que tanto contribuiu com a caminhada litúrgico-musical no Brasil. De maneira singular, Reginaldo Veloso soube incorporar em sua obra a verdadeira inculturação que a renovação litúrgica almeja, sem romper com a Tradição, outrossim interpretando com grande sensibilidade as novas perspectivas descortinadas pelo Concílio Vaticano II.
Nascido em São José da Lage, Alagoas, em 3 de agosto de 1937, Reginaldo Veloso veio a Recife para estudar Teologia aos 13 anos e saiu para morar em Roma, onde foi ordenado padre, em 1961. Foi afastado do ministério presbiteral em 1989, após a renúncia de Dom Helder Câmara, de quem era muito ligado. No entanto, continuou atuando na Igreja, principalmente junto às Comunidades Eclesiais de Base. Era casado com Edileuza Osório Pereira, com que tem teve um filho.
Reginaldo Veloso deixa-nos um legado incomensurável, com canções como “Da cepa brotou a rama”, “Dizei aos cativos: saí”, “Nasceu-nos hoje um Menino”, “Fiquei foi contente”, dentre tantas outras cantadas de norte a sul do Brasil. Algumas, inclusive, fazem parte do repertório litúrgico não somente da Igreja Católica, mas constam também nos hinários de outras denominações cristãs.
As portas do céu se abrem em festa para receber este grande amante da Vida, que agora canta a Liturgia Celeste, na comunhão dos Santos e Santas: “Ressuscitei, Senhor! Contigo estou, Senhor! Teu grande amor, Senhor, de mim se recordou!”

Louvado seja Deus pela sua passagem entre nós!

 
Indique a um amigo